A Evolução Legal e a Necessidade de Combater o Etarismo

A Evolução Legal e a Necessidade de Combater o Etarismo

Introdução

O Brasil enfrenta um fenômeno demográfico significativo: a população está envelhecendo. Esse aumento na longevidade, aliado à diminuição da taxa de natalidade, torna urgente a necessidade de combater o etarismo. O Ministro Barroso destaca que a análise do recurso judicial se concentrou na constitucionalidade de dispositivos legais e sua aplicação.

Princípios Fundamentais e Autonomia

Barroso enfatiza que utilizar idosos como instrumentos para satisfazer interesses de herdeiros fere o princípio da autonomia. Além disso, a Constituição Federal proíbe a discriminação com base na idade, considerando que todos são maiores e capazes. O ministro expressou:

“A interpretação que confira congruência a esse dispositivo é inconstitucional.”

Embora a decisão tenha sido favorável, Barroso alertou que a norma se aplica apenas quando não há manifestação expressa do falecido. Os ministros concordaram que uma decisão contrária poderia gerar insegurança jurídica.

Entendendo o Caso: União Estável e Dignidade

O julgamento do ARE 1309642 (Tema 1236) começou em 18 de outubro de 2023, originando-se de um caso em Bauru, São Paulo. Um casal manteve uma união estável de 2002 a 2014. Após a morte do homem, o Tribunal de Justiça de São Paulo aplicou o regime de separação de bens, conforme o artigo 1.641, II, do Código Civil, devido à idade do falecido.

O STF, ao avaliar a repercussão geral do tema, reconheceu sua relevância social, jurídica e econômica. Além disso, discute-se a reforma do Código Civil, incluindo o fim do regime de separação obrigatória de bens. O STF reafirma seu compromisso em adequar a legislação às transformações sociais, garantindo a dignidade de todos, independentemente da idade.

Um Novo Horizonte para as Escolhas Matrimoniais

O recente entendimento do STF sobre o regime de separação de bens para pessoas com mais de 70 anos representa um marco importante no direito das uniões matrimoniais. Ao flexibilizar o Artigo 1.641, II, do Código Civil, a Suprema Corte reforça a autonomia e liberdade de escolha dos cônjuges.

A decisão demonstra que a imposição do regime de separação obrigatória pode violar princípios fundamentais, como a igualdade e a autonomia da vontade. Essa mudança de perspectiva respeita a capacidade das pessoas de tomar decisões, independentemente da idade, promovendo um ambiente jurídico que reflete os valores contemporâneos de igualdade e dignidade.

Conclusão

Reconhecendo a importância da manifestação expressa de vontade, a Suprema Corte não apenas protege os direitos individuais, mas também incentiva relações matrimoniais mais personalizadas. O Direito das Famílias se adapta para refletir as realidades dinâmicas da sociedade, abrindo novas possibilidades e escolhas conscientes.

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